O quê é então ser artista?
Será mesmo que é estar imune e impune de todos os males, críticas, e das aberrações?
E até mesmo, de ser visto como uma aberração? Não. Isso apenas não faz de um artista, um artista.
E mesmo que tivesse todos adjetivos, pós e contras sobre tal característica ou personalidade artística, todo meu argumento ainda assim não descreveria a arte. A arte me completa.
Talvez, seja esse um dos motivos que me fazem ser o que sou. Artista. Um ser completo de arte.
"E quando você sobe no palco, você não tem medo?"
Não eu não tenho... a emoção toma conta sabe? De tudo. E eu sei que não estou ilesa dos males, das críticas, e sinceramente se eu fizer com que a minha arte, toque o coração das pessoas, de um jeito sensível, tácito, empolgante... eu não ligo até mesmo se isso for nomeado como, aberração.
Lá eu sou a minha arte. Não sou o que choro escondida, nem o que grito que escutam do outro lado da esquina. Eu não sou meus pés caminhando no chão cheio de cacos, nem meus sonhos em travesseiros de nuvem. Não sou o peso do mundo, eu sou a tradução do que é ser leve. A minha arte é feito uma transfusão não de sangue, mas de sentimentos. Onde a doação é a entrega.
E arte é o que faz os seus medos, transformar-se em melodias. Doces, suaves, que te deixam em transe. Em plena calmaria talvez. Mas sempre com a mesma intensidade, e reciprocidade.