"Mas buscando sempre acertar, nós acabamos errando. Procurando medir palavras, acabamos sem ter oque dizer. Em se preocupar demais com o que vamos dizer, acabamos dizendo coisas que magoam, ferem, iludem. Porque procuramos sempre em acertar? E ás vezes erramos, sem ao menos perceber. Fazer tudo oque é correto, e acabamos sendo incorretos em alguns momentos. Momentos de deslizes.. momentos esses, que o escorregão é tão grande, que perdemos a estribeira ao levantarmos. Perdemos os sentidos, nossas mãos soam, nossa voz fica trêmula, e as coisas não saem como nós realmente queremos que saíam. Buscamos acertar, e deixamos expostos nossos erros, deixamos expostos nosso lado mais fraco, sensível. Expostas nossas feridas, e cicatrizes do passado. Ao buscarmos acertar sempre, acabamos errando. Pois, querer fazer tudo certo é bobagem. Pois é com os erros, que evoluímos, e podemos realmente crescer. Para não mais cometê-los."
"Você entende o que os meus olhos querem dizer? Psiu, eu quero você. Você entende o meu sussurro? -disse sussurrando.
- É segredo?
- shuuuu.. - disse encostando o meu dedo em sua boca.
- Oque é segredo? me sussurrou:
- Que a gente pode matar os nossos medos, com os nossos sonhos.
- Você é uma assassina de medos - me disse em tom irônico.
- Não, sou uma realizadora de sonhos.
- Porquê? - disse-me bem baixinho.:
- Porque matei, enterrei, me livrei dos meus maiores medos, pra estar aqui agora. Realizei o meu sonho.
- Então você não é uma assassina, você é uma heroína. Porque você lutou pra chegar até aqui.
- Você tem algum segredo?
- Sim..
- Qual?
- Para realizar o meu maior sonho, também matei os meus maiores medos. Agora estamos sem segredos."
"Cara, como eu entrei em casa? Não sei como, eu não lembro.. Quantas eu bebi ontem? Vixi, tava doido demais, perdi a conta. Ainda por cima hoje cedo aquela menina me ligou, cara ele me encheu o saco. Ela ta apaixonada, e agora oque eu faço? Tô numa cilada! Pra quem você deu carona ontem? Ela foi junto com a gente? Cara, seu eu namorar com ela, prefiro namorar com uma serpente. Ela não é como a gente. Ela é louca, compulsiva, agressiva, sai pra lá! Eu não que namorar. Beijei várias na balada, pirei na madrugada. Beijei a Má, a Taty a Ana e ainda por cima na esquina beijei a Juliana. Tô numa ressaca danada, não passa com nada. Olha mais eu aproveitei, bebi, dancei, chapei! Fiquei doidão, perdi a noção. Era uma menina mais linda que a outra, beijava uma depois partia pra outra. Cheguei em casa não sei como, tô com dor de cabeça, e dor no estômago. Meu fígado tá precisando de um refresco, vou ali tomar uma água. Mais na real mesmo? Um porre desses não tem preço."
"Sou mais que apenas uma imagem. Carrego mil coisas em minha bagagem. Sou malandra, vivo na malandragem. Sou perigosa, preciso de sacanagem. O meu erro é a minha aprendizagem. Não possuo medos, e sempre ajo com fé e coragem. Na minha vida, sou o papel principal, não faço nenhum tipo de personagem. Tudo oque é eu vejo, e aquilo é bom, guardo e me recordo com frequência, como uma filmagem. Nessa vida estou de passagem, e o que eu procuro transmitir, é uma única mensagem: Que deixar tudo oque você leva consigo, porque alguém te dou um motivo é bobagem. Pois nenhum motivo pequeno é capaz de estragar o que você tem toda certeza, nem deixar para trás tudo oque você carrega em sua bagagem."
"Não consigo andar de patins, nem mesmo de patinete. Sempre acabo caindo, fico igual á uma marionete. Meu jeito desajeitada, meio desengonçada, desequilibrada. Não consigo andar de bicicleta, e nem tenho potencial para atleta. Não jogo direito vôlei, não faço cestas no basquetebol, nunca fiz gol no futebol. E ainda por cima, sempre atropelava alguém no velotrol. Me dou mal na matemática, e resolvo a vida usando minha própria tática. Faço graças, burradas, palhaçadas. Na boa? Me acho muito simpática. Minha cintura não se mexe quando danço, e sempre quando tenho aprender a dançar, me canso. Mas canto. Canto baixinho, gritando, para os vizinhos, de vem em quando. Mas sou feliz assim, ao cair, sempre me levanto. Pois cada queda, é um motivo para se reerguer novamente. Tenho vontade de saltar de para-quedas, e quem sabe vou para o espaço com um foguete? Não gosto do frio, prefiro o quente. O morno? Esse não me deixa contente, pois o morno é '' sem sal, e sem açúcar'', e para quê, ser sem sal e sem açúcar enquanto a loucura pode nos educar? Melhore para viver, e viva para melhorar. Pois os loucos são aqueles que não conseguem enxergar a loucura que é viver seguindo regras. Por isso, quebre-as, não viva se recolhendo, viva ás entregas. Quando você cai, você derruba. E quando você fere, você cura. Hoje você é desajeitado mas amanhã mil podem estar se espelhando em seu jeito, assim meio desengonçado."
"Eu cheguei já era de manhã, meu carro tá cheio de garrafas. Minha bolsa cheia de telefones, homens de balada! Minha maquiagem tá borrada, minha jaqueta tá manchada, minha calça tá rasgada. E meu sapato? Xi.. perdi na enxurrada. Tô encharcada! Minha chapinha se desfez, tô um bagaço, e não me lembro de nada depois dás 6. Minha carteira não tá comigo, perdi meu celular, nossa que perigo! Tava tão bêbada que fiquei com meu melhor amigo. Depois da caipirinha fiz a cena de coitadinha, eu me lembro. Não posso beber, tenho que ir embora.. mais depois virei uma branquinha. E ai, veio a galera, tirando uma com a minha cara, e eu sem um sapato, bêbada e parecendo a Cinderela. Descabelada, desarrumada. Curti a noite, aproveitei a manhã, e pirei na madrugada. Meu Deus, quando abri a porta do meu quarto, lá estava meu melhor amigo, não me lembro de nada. Minha nossa oque eu fiz? Ah, esqueci são porres de balada."
