1 de dezembro de 2012

Sono Profundo

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''Não adianta dizer que vai ficar tudo bem, não vai ficar. Não por enquanto, não agora. Não neste verão, talvez em outra estação. Mas hoje? Não. Tentativas falhas, e um coração ferido, já não bate mais, está sem pulsação. Parece parado, abandonado, solitário. Não há ninguém para reanimá-lo, felicidade? Não! Muito pelo contrário. Tristeza, fraqueza, deixei levá-lo pela correnteza. E como menina fraca que sou, não consigo nadar sozinha. Preciso de alguém que nade, enfrente o mundo com as suas próprias mãos, e que segure a minha. Mas agora é tarde, meu coração já não bate, já não ouço a minha respiração. Não sinto calor no verão, nem frio no inverno, já não tem mas nenhuma estação. Não tenho emoção. Nem reação, estou morta. E mesmo estando ao seu lado, esperando você me olhar, e sorrir. Está muito ocupado agora, sorrindo para outros olhos, que já não são mais os meus cansados de noites mal dormidas, e inchados de tanto chorar.. ela pode te fazer novamente acreditar. Mas eu não, minhas esperanças morreram comigo, nada vai voltar, não há como me acordar. Sempre tive sonos profundos, mas este é mais fundo ainda, e não há como chegar. Ao fundo deste poço, sujo, profundo, imundo. Adeus.''

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