28 de julho de 2013

O silêncio dos que gritam

''Eu não sou uma pessoa que sofre calada. Que ama calada, que sonha, e que vive calada. Não consigo chorar baixinho, não sou de sorrir sem gargalhar. Não sei sentir, sem demonstrar. Não amo em silêncio, não esconde o amor. Grito meu amor por todos os cantos, demonstro oque sou por dentro, já que temos por fora nosso encanto. E aprendi que mais importante que o encanto por fora, é o quão fascinante si é por dentro. Embalagens encantadoras, podem carregar um produto sem graça. Grito a felicidade, grito a beleza e o espetáculo que é estar vivo. Silêncio, enquanto minhas dores berram dentro de mim... e choro.  A minha maior defesa, ou forma de querer, ou dizer alguma coisa, é muitas vezes acompanhada por um choro. Como na infância. Talvez eu seja por dentro uma menininha inocente, insegura, que precisa de colo, e de alguém que a ensine caminhar... Que durma segurando sua mão e diga que o bicho papão não está em cima do telhado, e que bruxas não existem. Talvez. Como sou sensível, como sou explosiva. Em uma discussão, eu toco na ferida do outro, mais depois me vejo em prantos. Dou importância, se fulano ou ciclano não gosta de mim. Fico me perguntando: Porquê, não? E procuro sempre agradar, muitas vezes até quem não devo. Eu vivo aos extremos, me entrego inteira, mergulho de cabeça, não consigo impor limites, não consigo medir o tamanho da minha corda, ao digamos ''saltar de Bungee Jumping''. E acabo me enforcando. Pensando bem, não teria metáfora melhor para os meus momentos, em que ''dou demais, e não acabo recendo nada em troca''. Mas, hoje sei muito bem o tamanho da minha corda, e estou pronta para um novo salto. Nem que pra isso tenha que me enforcar mais uma vez, pois é errando que se aprende. E num desses saltos, e quedas a gente acaba acertando, e aprendendo a ser forte''.

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