27 de dezembro de 2013

Sempre sua, doída e inconstante

''Vontade de correr na tua rua, bater na tua porta, estragar teu sono com minhas olheiras nostálgicas, palavras inúteis, e românticas ao extremo. Riscar teus quadros, arranhar teus discos e tuas paredes, maldizendo minha loucura tão sóbria e afagar tuas feridas nas minhas, cortar meus pulsos diante dos teus olhos e cair em tua retina. Fazer da tua morada o meu precipício, vontade de beber dos teus lábios, pra compensar os cafés mornos de que me embebedo longe do teu domínio barato e sacana. Vontade de rabiscar tua pele com meu jeito traçado e torto, fazer na minha caligrafia a sua partida, comigo. Como numa constelação. Sermos, entre tantos outros, e ao mesmo tempo um. Somente nós''.
Ps: a chuva não são motivos, baby.
(Luísa Macedo. Sempre sua, doída e inconstante, ás 2 II)

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