7 de janeiro de 2014

Por trás da vidraça

A noite se inicia quando o dia termina. O céu se torna negro, como a cor dos teus olhos, e a solidão se faz presente trazendo consigo, teu gosto amargo. Tentando manter o controle, enquanto o mundo lá fora, ri de suas dores. Você tenta amenizar, você tenta estancar o sangue, mas o corte é muito fundo. Você passa horas em frente a janela, segurando sua xícara de café, mas não percebe que ela está vazia há muito tempo. Observa a vida pela janela, através da vidraça, suja e embaçada, nada é nítido aos teus olhos. Fraco demais... fingi ser forte. Você passa os dias, você vive eles, através de lembranças, que bagunçam e confundem sua memória, seus pensamentos se tornam um verdadeiro rodamoinho. A superação precisa vir á tona. Você precisa lutar contra suas dores. Dentro de si mesmo, é que se esconde os segredos mais obscuros, e a verdade sobre suas profundas feridas. Você precisa curá-las. Não adianta dizer que está tudo bem, e que você superou suas perdas, que você aguenta essas dores. Quando na verdade, você agoniza, você lamenta, você chora, e sofre calado. Se desfaça de suas lembranças ruins, abra sua janela, limpe sua vidraça, admire o pôr-do-sol, cure suas feridas, vença suas dores. Respire novos ares, ame mais uma vez, mais duas vezes, ame quantas vezes puder. Viver é oque faz doer, é que faz vencer. Você é tudo aquilo que cativa, tudo aquilo que se permite ser. Abandone o fracasso, se desfaça da tristeza. Permita-se viver.

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